segunda-feira, 8 de novembro de 2010

A Greve Geral de 24 de Novembro

Os trabalhadores e trabalhadoras do nosso país enfrentam um grave nível de desemprego, de insegurança e precariedade, de redução da protecção social e um agravamento das desigualdades sociais, com maior pobreza e exclusão.
A par desta realidade em geral, ocorre também especificamente a degradação das condições de trabalho dos profissionais da área da Arqueologia em Portugal, num panorama de grandes dificuldades atravessadas pelo sector da Cultura e do Património.
A elevação dos padrões de qualidade na produção do Conhecimento sobre o Passado, no respeito pela ética e deontologia profissionais, só poderá atingir-se com melhores condições sociais e de trabalho. É fundamental o combate a todas as ilegalidades e a exigência de uma actuação firme das inspecções (em particular da Inspecção Geral do Trabalho) pela efectivação das normas legais e contratuais, contra a precariedade e os vínculos ilegais, pelo respeito pelos acordos e pelos horários de trabalho e no combate às violações das condições de higiene, saúde e segurança no trabalho.
A proliferação dos falsos recibos verdes (eliminando direitos básicos como os subsídios de férias e de Natal, a marcação de férias, a segurança no emprego, entre outros), os salários baixos, o não pagamento de horas extraordinárias, colocam os trabalhadores de Arqueologia numa situação laboral extremamente vulnerável e que se irá agravar com as medidas anunciadas em sede de Orçamento de Estado: a redução dos salários, o aumento do IVA, a redução do abono de família, entre outras.
Estas medidas são geradoras de instabilidade social, colocando o peso dos maiores sacrifícios do lado de quem trabalha e menos condições tem, afectando transversalmente todos os trabalhadores e, como tal, também os de Arqueologia. Só haverá progresso económico e desenvolvimento do País se for abandonado o modelo baseado em baixos salários, precariedade e desqualificação da mão-de-obra, optando-se pela aposta numa política de Crescimento e Emprego com direitos.
É chegada a hora de unir esforços e vontades para lutar por uma mudança de políticas que respondam às necessidades e justos anseios dos trabalhadores e das populações em geral. Assim, o Grupo de Trabalho Pro-Sindicato em Arqueologia apoia a Greve Geral de dia 24 de Novembro de 2010, convocada pela CGTP-IN e pela UGT.

Sem comentários:

Enviar um comentário