terça-feira, 28 de setembro de 2010

Sindicato: Perguntas Frequentes

  • O que é um Sindicato?

Um Sindicato é uma associação permanente de trabalhadores para a defesa e promoção dos seus interesses e direitos socioprofissionais.

Art. 476.ª a) da Lei n.º 99/2003 de 27 de Agosto (Código do Trabalho)


  • Quem pode participar e inscrever-se num Sindicato?

Cada trabalhador é livre de participar na constituição de um Sindicato e dele se tornar sócio, sendo o conjunto dos trabalhadores organizados num Sindicato livre de estruturar e regular o seu funcionamento e definir as formas e os objectivos da acção colectiva. É um direito individual, legalmente consagrado, podendo o trabalhador inscrever-se no Sindicato que, na área da sua actividade, represente a sua categoria.

Todo o associado no gozo dos seus direitos sindicais tem o direito de participar na actividade do Sindicato, incluindo o de eleger e ser eleito para a direcção e ser nomeado para qualquer cargo associativo, sem prejuízo de poderem estabelecer-se requisitos de idade e de tempo de inscrição.


Art.º 55.º n.º 1 e n.º 2 da Constituição da República Portuguesa

Art.º 475 n.º 1, art.º 479 e art.º 486.º a) do Código do Trabalho


  • Para que serve um Sindicato?

Os Sindicatos assumem cada vez mais um papel primordial na nossa sociedade, o que vem sendo evidenciado com as graves crises a que sucessivamente assistimos. É de salientar a capacidade negocial que um Sindicato detém, nomeadamente o direito de contratação colectiva, constitucionalmente consagrado, bem como a capacidade judiciária e o direito de participação.

Assim, um Sindicato pode celebrar convenções colectivas de trabalho; dar parecer sobre assuntos da sua especialidade; participar na elaboração da legislação do trabalho; fiscalizar e reclamar a aplicação das leis, instrumentos de regulamentação colectiva e regulamentos de trabalho sempre na defesa dos interesses dos trabalhadores; intervir como parte legítima em acções judiciais; intervir nos processos disciplinares instaurados contra os seus associados pelos empregadores; em todos os casos de despedimento, prestar assistência sindical e jurídica aos associados; e, por fim, intervir junto das entidades oficiais e outras em tudo o que diga respeito ao ensino da área de actividade dos profissionais que representa.

Art.º 56.º da Constituição da República Portuguesa

Art. 477.º do Código do Trabalho


  • O Sindicato só actua em termos profissionais?

O Sindicato não se limita a tratar dos problemas colectivos decorrentes do exercício da própria profissão. Preocupa-se também com a condição social dos trabalhadores enquanto cidadãos, estando aí a acção sindical direccionada para questões extra-profissionais. Toda a acção sindical é um contributo dos trabalhadores não apenas para a defesa dos seus próprios interesses, como também para o desenvolvimento da própria sociedade.


  • Onde pode o Sindicato intervir?

Os trabalhadores e os Sindicatos têm direito a desenvolver actividade sindical no interior da empresa, nomeadamente através de delegados sindicais, comissões sindicais e comissões intersindicais.

Além disso, os delegados sindicais têm o direito de afixar, no interior da empresa e em local reservado para o efeito, textos, convocatórias, comunicações ou informações relativos à vida sindical e aos interesses sócio-profissionais dos trabalhadores. Podem igualmente proceder à distribuição desses mesmos documentos.

Fora da empresa, podem os Sindicatos definir as suas formas de intervenção própria, observando os limites da lei.

Art.º 496.º e art.º 502.º do Código do Trabalho


  • Quando deverei sindicalizar-me?

Há trabalhadores que só pensam em sindicalizar-se quando são confrontados com problemas concretos, o que pode ser demasiado tarde. O seu isolamento pode levá-los a formar ideias erróneas perante situações laborais difíceis, podendo até cometer um deslize, uma acção ou uma omissão que vão prejudicar decisivamente a sua defesa.

Mais vale prevenir que remediar. Os trabalhadores sindicalizados são mais fortes, enriquecendo-se com as informações que o Sindicato lhes faz chegar tendo em vista a defesa dos seus interesses individuais e colectivos.

Estar sindicalizado é, por isso, um investimento de futuro numa organização dos, para e ao serviço dos trabalhadores.


  • Terei que pagar para ser sindicalizado?

A actividade do Sindicato está dependente dos meios financeiros que tem ao seu dispor, sendo a quotização dos seus associados fundamental para que possa dar resposta às necessidades dos profissionais que representa. Além das vantagens inerentes à sindicalização, as quotas são ainda dedutíveis em sede de IRS: aos rendimentos brutos da categoria A deduzem-se, por cada titular que os tenha auferido, as quotizações sindicais até 1% do rendimento bruto desta categoria.

Art.º 25.º do CIRS

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

A actuação do Grupo de Trabalho Pró-Sindicato em Arqueologia

A degradação das condições de trabalho dos profissionais da área da Arqueologia em Portugal fez relançar o debate sobre a criação de uma entidade que representasse os profissionais no sector, especificamente vocacionada para a defesa das condições de trabalho. O Grupo de Trabalho Pró-Sindicato em Arqueologia defende que essa entidade deva ser uma associação sindical. Esta deverá ser plural e abrangente, representando todos aqueles que desenvolvem a sua actividade profissional no âmbito da Arqueologia e da defesa do Património Arqueológico.
A actuação deste Sindicato deverá seguir quatro linhas que consideramos essenciais ao desenvolvimento sustentado da profissão:
- combate à precariedade através da aquisição de um contrato de trabalho;
- construção da justiça social através da melhoria das condições remuneratórias;
- direito ao trabalho como direito fundamental defendendo o acesso dos licenciados de "Bolonha" à profissão;
- respeito pela ética e deontologia profissionais.
O cumprimento destes propósitos contribuirá, por um lado, para o fim da instabilidade social e profissional no sector, mas também, para a elevação dos padrões de qualidade na produção do Conhecimento sobre o Passado, decorrente da actividade profissional.
O sucesso das iniciativas organizadas pelo grupo, nomeadamente a sessão de esclarecimento em Vila Nova de Foz Côa e as reuniões de trabalho mensais em vários pontos do país, demonstra que a sua actividade é bem acolhida pelos profissionais, havendo um clima generalizado de apoio à criação de um Sindicato do sector da Arqueologia. O Grupo de Trabalho Pró-Sindicato em Arqueologia extinguir-se-á quando o Sindicato de Trabalhadores de Arqueologia for constituído.
O Grupo de Trabalho Pró-Sindicato em Arqueologia está aberto à contribuição de todos aqueles que queiram associar-se a este processo. Convidamos-vos, pois, a participar numa das próximas reuniões de trabalho ou a contactar-nos pelo nosso endereço de e-mail.
Fiquem atentos às próximas iniciativas.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Ordem de trabalhos para a reunião de sábado próximo


1. Balanço do trabalho realizado por cada um dos grupos e ponto da situação
2. Discussão da proposta de estatutos reformulada
3. Planificação de acções futuras

As reuniões são abertas à participação de todos. Comparece!

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Próxima reunião do Grupo de Trabalho em Coimbra, dia 18

A próxima reunião do Grupo de Trabalho realizar-se-à pelas 15 horas do dia 18 de Setembro, no Atneu de Coimbra, sito na Rua do Cabido, n.º 8, perto da Sé Velha, em Coimbra.

Comparece!!